SCENAS DA IMPRENSA NACIONAL

A BERNARDA DO RELATÓRIO


Poema heróico-risível em três cantos, um prólogo e um epílogo, original atribuído a Artelio Pompeu, Marculio Arbio, Roma Patavini e Silvio Augusto. Mandado imprimir a expensas de 23 bibliógrafos.

D’este poema se imprimiu um número restricto de exemplares, distribuídos à sorte. Ninguém é obrigado a lê-lo, nem tão pouco a dizer que o recebeu. É inútil rasgá-lo ou queimá-lo para o destruir. É permitido suspeitar do nome dos autores, mas previne-se que é dificílimo acertar. Há algumas pontas de fora, mas é arriscado puxar por elas. O melhor em todos os casos é meditar sobre o que ele diz.

Brochado. 33 páginas. 21 x 11 cm. Bom estado. [Lisboa]: edição dos autores, Dezembro de 1914.

Preço: 15 euros.


 


APROVEITAMENTO DA POUPANÇA NACIONAL EM BENEFÍCIO DA COLECTIVIDADE, POR MEIO DOS

CERTIFICADOS DE AFORRO


Brochura promocional da Junta do Crédito Público, que anuncia as vantagens dos recém-criados Certificados de Aforro:

Quis-se preencher, por meio dos certificados de aforro, uma lacuna de há muito verificada, e que se traduz na fuga ou quiçá no desinteresse das pequenas economias pelo rendimento comercial dos dinheiros resultantes da poupança, conseguida muitas vezes à custa de tantos sacrifícios.
Sente-se e é notório o afastamento da circulação real de vários capitais, amealhados ou entesourados, à maneira antiga, nas impenetráveis burras à prova de fogo, ou mais poèticamente, em esconderijos cujo segredo passa de geração em geração ou ainda guardados na palha dos colchões, em pés-de-meia ou em panelas de barro, algumas vezes cautelosamente emparedadas.
Esse dinheiro, ciosamente imobilizado na melhor das intenções, previdentemente guardado para as incertezas do dia de amanhã, não vê a luz do sol nem se lhe dá o calor da utilidade para que foi criado no interesse de cada um, seu possuidor, em particular, e da comunidade em geral; torna-se, na conjectura económica, um elemento de perturbação e transforma afinal, em improdutiva avareza, um belo sentimento de previdência que está na base da poupança e que bem entendido, deve ser estimulado e acarinhado como factor de riqueza nacional. Etc.

Folheto de 8 páginas + capa ilustrada. Agrafado. 15 x 10,5 cm. Bom estado geral. Composto e impresso na Tipografia Portuguesa, Lisboa, 1961.

Preço: 7 euros.


 


O IDEAL REPUBLICANO

A IGNORÂNCIA É A INIMIGA DA DEMOCRACIA

ANTÓNIO SÁ NOGUEIRA


Conferência promovida pelo Grupo de Estudos Democráticos, e presidida por Brito Camacho, realizada no Teatro da Trindade em 14 de Janeiro de 1932. Termina com «Viva a República!»

(…) apesar de se afirmar «plataforma» ou estrutura «complementar» da Aliança Republicano-Socialista (Azevedo Gomes, Mário de Castro, Norton de Matos, Tito de Morais e outros), o GED representava uma alternativa a esta organização, pelo menos como movimento suprapartidário. Criado em 1931, por Armando Marques Guedes (com António Sá Nogueira e Dias Pereira) o Grupo assinala nos seus traços constitutivos a intenção de robustecer a Democracia no interior da República, animado por «ideias liberais e socialistas» e dentro do típico programa seareiro, demopédico e assente num «iluminismo de elites», elitismo ao qual se terá a prevenção, porém, em não taxar de «anti-popular». [cit. Paulo Archer de Carvalho]

Desenho da capa assinado JS. Brochado. 47 páginas e 19 x 12,5 cm. Manchas exteriores leves. Bom estado geral. Colecção Luz. Lisboa: Emprêsa Editora Luz, 1932.

Preço: 17 euros.


 


VISÃO POLÍTICA


JOSÉ MONK


José Monk foi o pseudónimo do Coronel Joaquim Emídio Xavier Machado (1850-1904), essencialmente em escritos de cariz político. O autor pertenceu à Casa Militar do Rei, foi oficial às ordens do Infante D. Afonso e condecorado com as ordens de Avis e Santiago.

Neste opúsculo, apresenta um ambicioso «plano da regeneração política, financeira e nacional» cujas propostas incluem, ao detalhe, profundas reformulações militares e estratégicas que incluem, por exemplo, «a alienação voluntária e indubitavelmente necessária das províncias ultramarinas de Moçambique, Guiné e Timor».

Brochado. 45 páginas. 22,5 x 15,5 cm. Manuseado. Capa com pequenas manchas. Lombada com falhas. Miolo limpo. Edição do Autor, Lisboa, 1898.

Preço: 15 euros.


 


A CURA EM VICHY

CONSIDERAÇÕES ACTUAIS

Pequeno folheto de divulgação termal/turística, da zona de Vichy, com análise química das águas e recomendações práticas para diferentes questões de saúde. Sem menção de editor, mas com a última página contendo publicidade a actividades comerciais (locais) relacionadas com a exportação das aguas e productos: sal, pastilhas e comprimidos «Vichy-Etat». Agrafado. 16 páginas. 21 x 13 cm. Capa com duas anotações numéricas coloridas. Bom estado. Lisboa: [Casa Portuguesa], 1931.

Preço: 8 euros.


 


PORTUGAL E A GRÉCIA


MANUEL BERNARDES BRANCO


Brochado. 62 páginas. 16,5 x 11 cm. Amarelecido. Bom estado geral. Na Bibliotheca do Povo e das Escolas, 24.ª série, número 185, da Companhia Nacional Editora, sucessora de David Corazzi e Justino Guedes, Lisboa, 1890.

Preço: 10 euros.


 


OS MELHORES CONTOS DE

JOÃO DE ARAÚJO CORREIA


GUEDES DE AMORIM org.


23 contos. Selecção e prefácio de Guedes de Amorim. Capa de Victor Palla. Brochado. 207-(5) páginas. 21 x 14,5 cm. Mínimas imperfeições. Bom estado geral. Colecção Antologia, n.º 8. Lisboa: Editora Arcádia, 1960.

Preço: 14 euros.


 


TEATRO INFANTIL

O CAVALO MÁGICO, de Carlos Manuel Rodrigues

HISTÓRIA DA INÊS E DA ANA, de Maria Helena Ançã

CRISPIM O GRILO MÁGICO, de A. M. Pires Cabral


Colecção dirigida por António Júlio Valarinho. [a Fiama Hasse Pais Brandão a quem uma situação imprevista obrigou a renunciar (embora temporariamente) à co-direcção desta colecção, dirigimos os nossos agradecimentos pelas raízes que nela plantou.]

Direcção gráfica e capa de João Carlos Albernaz. Desenhos de Margarida Pinto e Maria José Almeida. Com a fotografia e um apontamento biográfico para cada um dos autores, antes das respectivas peças. 144 páginas. 18,5 x 13,5 cm. Bom exemplar. Colecção Barca Nova n.º 3. Lisboa: Ulmeiro, 1980.

Preço: 15 euros.



TRIRREME


A. M. PIRES CABRAL


Dividido em três partes: «Tu, que os meus ombros», «Abril devia ser» (inclui os «Nove pretextos tomados de Camões»), e «Um homem sentado no seu tempo». Capa de João Botelho. Colecção Poesia do Nosso Tempo, n.º 20. Com 74-(6) páginas. 18 x 12 cm. Manuseado. Coimbra: Centelha, 1978.

Preço. 15 euros.



7 PEÇAS EM UM ACTO


ANTÓNIO MANUEL PIRES CABRAL

ANTÓNIO CABRAL


As 7 peças: Temos tempo, MatildeOs Muros de VeronaOuve-se uma flautaVirá um dia viráO ConsultórioO PoçoSeguir viagem.

Capa de João Botelho. 268 páginas. 18 x 11,5 cm. Capa com manchas ligeiras. Lombada com vinco de leitura. Assinatura de posse no rosto. Mantém-se um exemplar interessante. Colecção Teatro, n.º 7. Coimbra: Centelha, 1977.

Preço: 12 euros.