SCENAS DA IMPRENSA NACIONAL
A BERNARDA DO RELATÓRIO
Poema heróico-risível em três cantos, um prólogo e um epílogo, original atribuído a Artelio Pompeu, Marculio Arbio, Roma Patavini e Silvio Augusto. Mandado imprimir a expensas de 23 bibliógrafos.
D’este poema se imprimiu um número restricto de exemplares, distribuídos à sorte. Ninguém é obrigado a lê-lo, nem tão pouco a dizer que o recebeu. É inútil rasgá-lo ou queimá-lo para o destruir. É permitido suspeitar do nome dos autores, mas previne-se que é dificílimo acertar. Há algumas pontas de fora, mas é arriscado puxar por elas. O melhor em todos os casos é meditar sobre o que ele diz.
Brochado. 33 páginas. 21 x 11 cm. Bom estado. [Lisboa]: edição dos autores, Dezembro de 1914.
Preço: 15 euros.
CERTIFICADOS DE AFORRO — 1961
[18Jan22]
APROVEITAMENTO DA POUPANÇA NACIONAL EM BENEFÍCIO DA COLECTIVIDADE, POR MEIO DOS
CERTIFICADOS DE AFORRO
Brochura promocional da Junta do Crédito Público, que anuncia as vantagens dos recém-criados Certificados de Aforro:
Quis-se preencher, por meio dos certificados de aforro, uma lacuna de há muito verificada, e que se traduz na fuga ou quiçá no desinteresse das pequenas economias pelo rendimento comercial dos dinheiros resultantes da poupança, conseguida muitas vezes à custa de tantos sacrifícios.
Sente-se e é notório o afastamento da circulação real de vários capitais, amealhados ou entesourados, à maneira antiga, nas impenetráveis burras à prova de fogo, ou mais poèticamente, em esconderijos cujo segredo passa de geração em geração ou ainda guardados na palha dos colchões, em pés-de-meia ou em panelas de barro, algumas vezes cautelosamente emparedadas.
Esse dinheiro, ciosamente imobilizado na melhor das intenções, previdentemente guardado para as incertezas do dia de amanhã, não vê a luz do sol nem se lhe dá o calor da utilidade para que foi criado no interesse de cada um, seu possuidor, em particular, e da comunidade em geral; torna-se, na conjectura económica, um elemento de perturbação e transforma afinal, em improdutiva avareza, um belo sentimento de previdência que está na base da poupança e que bem entendido, deve ser estimulado e acarinhado como factor de riqueza nacional. Etc.
Folheto de 8 páginas + capa ilustrada. Agrafado. 15 x 10,5 cm. Bom estado geral. Composto e impresso na Tipografia Portuguesa, Lisboa, 1961.
Preço: 7 euros.
Visão Política — JOSÉ MONK — 1898
[18Jan22]
VISÃO POLÍTICA
JOSÉ MONK
José Monk foi o pseudónimo do Coronel Joaquim Emídio Xavier Machado (1850-1904), essencialmente em escritos de cariz político. O autor pertenceu à Casa Militar do Rei, foi oficial às ordens do Infante D. Afonso e condecorado com as ordens de Avis e Santiago.
Neste opúsculo, apresenta um ambicioso «plano da regeneração política, financeira e nacional» cujas propostas incluem, ao detalhe, profundas reformulações militares e estratégicas que incluem, por exemplo, «a alienação voluntária e indubitavelmente necessária das províncias ultramarinas de Moçambique, Guiné e Timor».
Brochado. 45 páginas. 22,5 x 15,5 cm. Manuseado. Capa com pequenas manchas. Lombada com falhas. Miolo limpo. Edição do Autor, Lisboa, 1898.
Preço: 15 euros.
A CURA EM VICHY
CONSIDERAÇÕES ACTUAIS
Pequeno folheto de divulgação termal/turística, da zona de Vichy, com análise química das águas e recomendações práticas para diferentes questões de saúde. Sem menção de editor, mas com a última página contendo publicidade a actividades comerciais (locais) relacionadas com a exportação das aguas e productos: sal, pastilhas e comprimidos «Vichy-Etat». Agrafado. 16 páginas. 21 x 13 cm. Capa com duas anotações numéricas coloridas. Bom estado. Lisboa: [Casa Portuguesa], 1931.
Preço: 8 euros.