O ROMANCE CONTEMPORÂNEO
Um ciclo de conferências consagrado ao Romance contemporâneo, por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Escritores, com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, pronunciadas em Lisboa, Porto e Coimbra, no ano de 1960.
Com ensaios de VITORINO NEMÉSIO («Romance, existência e visão do mundo»), PAULO QUINTELA («O romance alemão contemporâneo»), MARIA DE LOURDES BELCHIOR PONTES («Do romance espanhol contemporâneo»), URBANO TAVARES RODRIGUES («O romance francês contemporâneo»), J. MONTEIRO-GRILLO («O moderno romance inglês»), VIEIRA DE ALMEIDA («Do romance italiano contemporâneo»), JOSÉ PALLA E CARMO («O romance norte-americano contemporâneo») e ANTÓNIO QUADROS («O romance brasileiro actual»).
Brochado. 191+(9) páginas, por abrir. Formato largo: 26 x 19,5 cm. Bom exemplar, apesar de perda de cor na lombada. Lisboa: Sociedade Portuguesa de Escritores, 1964.
Preço: 15 euros.
La Conspiración de Los Alcarrizos — 1941
[26Nov20]
EPISODIOS DOMINICANOS
LA CONSPIRACIÓN DE LOS ALCARRIZOS
MAX HENRÍQUEZ UREÑA
1.ª edição. Exemplar autografado pelo autor com dedicatória ao embaixador Luís Norton. 335 páginas. 19,5 x 13 cm. Lisboa: edição do autor, 1941. Bom estado de conservação.
Max Henríquez Ureña (1885-1968), diplomata e escritor dominicano, filho da poetisa Salomé Ureña e irmão do ensaísta e pedagogo Pedro Henríquez Ureña, desempenhou vários cargos no governo do ditador Rafael Trujillo, entre as décadas de 1930 e 1950, no país e no estrangeiro, razão pela qual a lista dos locais de publicação das suas obras é variada: Valladolid, Santiago de Cuba, Havana, Paris, Madrid, Buenos Aires, México, Rio de Janeiro, Lisboa.
La Conspiración de Los Alcarrizos, episódio ocorrido durante a ocupação haitiana do país (1822-1824), é a segunda de quatro novelas denominadas «Episodios Dominicanos», onde Ureña narra a história da independência da República Dominicana na primeira metade do século XIX. A escrita do livro teve início em Londres, a 2 de Abril de 1939, e terminou em Lisboa, a 10 de Outubro de 1940. Composto e impresso pela Sociedade Industrial de Tipografia (ao Carmo).
Invulgar.
Preço: 45 euros.
L’ESPAGNE ET LE PORTUGAL
DEPUIS L’INVASION DES CARTHAGINOIS JUSQU’A NOS JOURS
AVEC UN CHAPITRE SPÉCIAL RÉSUMANT LES ANNALES DE
L’INQUISITION
EN ESPAGNE ET EN PORTUGAL
EMMANUEL RAYMOND
Emmnanuel Raymond é pseudónimo do escritor Léon Galibert (1803-1865?). Encadernação editorial. 191 páginas. 15 x 10 cm. É comum apontar o ano de 1862 como o de publicação da primeira edição desta obra, visto ser a última data referida no texto. Colecção Bibliothèque Utile, da Librairie Germer Baillière, Paris. [Será a 2.ª edição de 1885?].
Existe uma cópia digital integral desta precisa edição, a partir de um exemplar existente na Universidade de Califórnia.
Preço: 22 euros.
UNAMUNO — primeira edição — 1924
[26Nov20]
TERESA
MIGUEL DE UNAMUNO
Primeira edição, de um dos livros menos vezes reeditados de Miguel de Unamuno, o último que escreveu e publicou antes do exílio forçado após o golpe militar de Primo de Rivera, em 1924.
Prosa e verso. Prólogo de Rubén Darío reproduz um artigo para o La Nácion, de Março de 1909. Com 227+(5) páginas, e 19,5 x 13 cm. Madrid: Renacimiento, [1924].
Com uma assinatura de posse rasurada no ante-rosto, a capa algo manuseada e a lombada fendida (defeitos visíveis nas fotografias). Volume intonso, com o miolo amarelecido.
Invulgar.
Preço: 40 euros.
EL ALMENDRO Y LA ESPADA
POEMAS DE PAZ Y GUERRA
CONDE DE FOXÁ
Poemas de paz e de guerra, de Agustín de Foxá Torroba, Conde de Foxá (1903 – 1959), uma parte dos quais sobre a guerra civil espanhola; refira-se ainda a presença de um Canto a Roma dedicado a Mussolini. Foxá foi jornalista e diplomata falangista, e nas letras destacou-se também como autor de ficção científica.
Capa e desenhos de Jesús Olasagasti (1907 – 1955). Assinatura de posse, a lápis, na capa, do embaixador Luís Norton. Capa com algumas manchas de humidade, e interior impecável, em excelente papel. Intonso. 119 páginas. 21 x 14,5 cm. San Sebastian: Editora Internacional, 1940.
Preço: 25 euros.
10 POESIAS SOBRE A GUERRA CIVIL ESPANHOLA
AGUSTÍN DE FOXÁ
Versão portuguesa de António Manuel COUTO VIANA, que assina uma «sentimental» nota introdutória sobre poetas nacionalistas esquecidos. Com 4 extra-textos, ilustrações de Juan Soutullo, em papel couché. [8]+43+(1) páginas. 23,5 x 16,5 cm. Papel superior. Pequena mancha na capa. Bom estado. Invulgar. Coimbra: Cidadela, 1972.
Preço: 25 euros.
BISMARCK
ARTÍFICE DE LA TERCERA REPÚBLICA FRANCESA
MARQUÉS DE QUINTANAR
Exemplar autografado pelo autor com dedicatória ao embaixador português Luís Norton, «querido amigo». Prólogo de Ramiro de Maetzu. Brochado. 221 páginas. 20,5 x 14,5 cm. Madrid: Cultura Española, 1936.
Ramiro de Maeztu, assassinado poucos meses após a publicação deste livro, e o Marqués de Quintanar [Fernando Gallego de Chaves Calleja, 1889-1974, Conde de Santibáñez del Río, «amigo fraternal» de António Sardinha e dos integralistas portugueses] foram ambos colaboradores próximos de Primo de Rivera durante a Ditadura. Após a queda da Monarquia e o advento da Segunda República fundaram a revista nacionalista Acción Española (1931-1937), propalado veículo reaccionário de ideias tradicionalistas, anti-liberais, anti-democráticas e anti-parlamentares.
Preço: 30 euros.
A GUERRA CIVIL DE ESPANHA
HELLMUTH GÜNTHER DAHMS
Título original: Der Spanische Bürgerkrieg (1962). Tradução portuguesa de Maria da Graça Cardoso. Ilustrado com 47 fotografias extra-texto, das agências de notícias EFE (Madrid) e Keystone (Paris). 347 páginas. 21 x 14,5 cm. Encadernação editorial, com a sobrecapa original em bom estado de conservação, salvo alguma perda de cor na lombada. Lisboa: Editorial Ibis, 1964 (dois anos antes da edição espanhola).
Preço: 15 euros.
Paraquedistas ( 1944 )
[25Nov20]




PARAQUEDISTAS
CAPTAIN F. O. MIKSCHE
No Prefácio, o autor, oficial checo, dedica o livro «à memória dos camaradas, que deram a vida, em 1940, nos campos de batalha da França, combatendo contra o inimigo comum, o Fascismo Internacional.»
Título original: Paratroops. Prefácio do autor. Tradução: Almirante Alberto Aprá e Major Alexandre de Moraes. A obra abrange o período que vai da Guerra Civil de Espanha até à II Guerra Mundial (a decorrer aquando da escrita do livro) e analisa a evolução e diversos aspectos «tropas vindas do ar». O texto é complementado com mapas e diagramas, incluindo um desdobrável no final do livro. Brochado. 248+(4) páginas, com a maior parte dos cadernos por abrir. 19 cm x 13 cm. Bom estado geral. Lisboa: Livraria Popular de Francisco Franco, 1944.
Preço: 17 euros.
OS BUDAS : contrabando de armas ( 1935 )
[25Nov20]
OS BUDAS
O CONTRABANDO DE ARMAS
FERRO ALVES
Investigação jornalística de época, de um episódio histórico de contrabando de armas entre Portugal e Espanha, envolvendo o chamado «Grupo dos Budas» — onde pontuava Jaime Cortesão — e a planificação da Revolta de 26 de Agosto de 1931.
Capas e miolo limpos, lombada amarelecida e com uma pequena mancha marginal. Bom exemplar. 157+(3) páginas. 19 x 12 cm. Lisboa: edição do autor, 1935.
Preço: 18 euros.
MADRID EM CHAMAS
( IMPRESSÕES VIVIDAS EM ESPANHA )
Z. VILLALBA
A visão da Guerra Civil de Espanha que convinha ao Estado Novo, donde o prefácio de Marcelo Caetano, que elogia no autor o hábito «à disciplina dos factos e das normas», e ser «profissionalmente avesso à deformação literária da realidade», isto perante «os monstros da revolução pseudo-proletária» e os «frios algozes comunistas».
Trata-se de uma «tradução livre», pelo octogenário «Dr. Eduardo de Castro e Almeida», de um «manuscrito» de «um homem de leis, eminente no fôro madrileno». Villalba, Z. será então um pseudónimo? Existe o manuscrito? Nas décadas anteriores, Castro e Almeida (n. 1865), que foi primeiro conservador da Biblioteca Nacional, tornara-se uma autoridade na catalogação de manuscritos em arquivos públicos nacionais.
Capa não assinada. Em brochura e em bom estado, salvo vinco (pouco profundo) de leitura na lombada. 161+(1) páginas. 19 x 12 cm. Sem menção de editor, mas com a referência de ter sido composto e impresso na secção de «Linotypes» d’O Jornal do Comércio e das Colónias [orgão de imprensa alinhado com a ditadura], em Lisboa, 1936.
em conjunto com:
VINGANÇA, de ALFREDO MARQUES. Novela operária. Capa não-assinada. 158+(2) páginas. 19,5 x 13,5 cm. Lisboa: Editorial Hercules, 1933. Capas e lombada cansadas e com defeitos. Pequena assinatura de posse no interior do ante-rosto. Miolo no geral limpo.
Preço (do conjunto: 25 euros.
HEPTAMERON
MARGARIDA DE NAVARRA
Obra completa em 2 volumes. Maquete de Manuel Correia. Tradução de Gabriela Ramirez Garcia (vol.1) e Álvaro Pereira (vol.2) e 28 ilustrações extra-texto de Henrique Manuel. Encadernação editorial sintética, em bom estado. Miolo limpo. 284+260+(56) páginas. 24 x 17 (x 5) cm. Com um marcador das colecções Serpente e Mocho [tamanho pequeno 14,9 x 4,8 cm]. Estimados. Lisboa: Estúdios Cor, 1977.
Preço: 45 euros.
Portugal e os seus Detractores — 1877
[20Ago20]
PORTUGAL E OS SEUS DETRACTORES
L [uís] A [ugusto] PALMEIRIM
Subtítulo: Reflexões a propósito do livro do Sr. Fernandez de Los Rios, intitulado «Mi Mission», uma obra dedicada a Fontes Pereira de Mello. Introdução do autor. Encadernação da época com lombada em pele, da casa Corazzi, possui marcas de desgaste nas extremidades mas permanece limpa e sólida. Sem capas de brochura. Miolo fresco; aparado. 18,2 x 11,7 cm. 354+(2) páginas. Lisboa: Typ. da Bibliotheca Universal de Lucas & Filho, 1877.
Preço: 25 euros.
ELEMENTOS PARA A HISTÓRIA
DO MUNICÍPIO DE LISBOA
EDUARDO FREIRE DE OLIVEIRA
Título e autor, tal qual figuram no rosto: Elementos para a História do Município de Lisboa, por Eduardo Freire de Oliveira, arquivista da Camara Municipal da mesma cidade. 1.ª PARTE. Publicação mandada fazer a expensas da Camara Municipal de Lisboa, para commemorar o centenario do Marquez de Pombal em 8 de Maio de 1882.
Mais de 10 mil páginas de documentos oficiais de algum modo relevantes, organizados cronologicamente e alusivos a séculos de assuntos invariavelmente díspares — as iguarias de um banquete celebratório, a colocação na prisão do Limoeiro do líder de uma «companhia de comediantes de Castella», a lista das pessoas de cada freguesia que se recusam a participar numa campanha de limpeza pública, a morte do rei —, num panorama que permite acompanhar os reflexos da política e da história do país nas várias decisões e questões do município d’esta cidade onde desde muito cedo esteve instalado um Governo demasiado centralista.
Temos assim «a carta regia que trouxe a communicação official da morte de Filippe II» (tomo II, quase todo dedicado ao “tempo dos Filipes”, pág. 590), «a ruína de Lisboa», no sábado 1 de Novembro de 1755 (tomo XVI, a partir da página 133, com lista e descrição sumária de abalos sísmicos anteriores, nomeadamente os de 1309, 1321, 1344, 1356, 1512, 1531, 1551, 1575, 1597, 1598, 1699 e 1724), a inauguração da estátua equestre de D. José (em parte citada aqui) ou a «consulta da Cammara a el-rei em 2 de julho de 1650», onde se propõem os nomes de «doze fidalgos, doze cidadãos e doze homens do povo» para «terem as chaves das quatro portas da cidade» (tomo V, p. 208, antecedendo em algumas páginas a lista exaustiva dos preços de venda de todo o tipo de animais para alimentação, indexados inteiros, em partes, e por género).
O primeiro documento transcrito no tomo I, que não o foral de 1179, data de 7 de Novembro de 1190, e o último documento transcrito no tomo XVII data de 23 de Agosto de 1777. Entre ambos, os diversos prefácios e as anotações constantes de Freire de Oliveira (1841-1916) desvelam e aprofundam as origens e importância dos textos que transcreve. Contém ainda algumas ilustrações, muito poucas, destacando-se a litografia da Divisa da Cidade, que abre o tomo X, ou a «planta litographada da sala das sessões do senado da camara de Lisboa, que acompanha a carta regia de 13 de Novembro de 1773» (tomo I, pág. 68).
[Para uma descrição mais detalhada da cronologia de cada tomo, consulte-se o artigo de António Miranda na Rossio n.º 1, de 2013. Como o plano cronológico da 1.ª parte da obra deveria ter prosseguido até ao ano do início da publicação (1882), suspeita-se que, além da nunca publicada 2.ª parte, também desta 1.ª parte terá ficado por publicar pelo menos um tomo, para o período 1777-1882.]
Obra completa (tudo quanto se publicou), em XVII tomos de 24,5 x 16,5 cm (66cm de estante), Lisboa: Typographia Universal, 1882-1911.
Tomo I, 1885, (12)+661+(5) págs. Tomo II, 1887, xiv+593+(2) págs. Tomo III, 1888, vi+584+(3) págs. Tomo IV, 1889, xii+628+(3) págs. Tomo V, 1891, vi+620+(3) págs. Tomo VI, 1893, ix+627+(2) págs. Tomo VII, 1894, cxii+466+(3) págs. Tomo VIII, 1896, vi+593+(3) págs. Tomo IX, 1898, vi+617+(4) págs. Tomo X, 1899, viii+595+(2) págs. Tomo XI, 1901, vi+632+(3) págs. Tomo XII, 1903, (10)+652+(3) págs. Tomo XIII, 1904, (6)+622+(3) págs. Tomo XIV, 1906, (6)+634+(3) págs. Tomo XV, 1906, (6)+630+(3) págs. Tomo XVI, 1910, xiv+567+(4) págs. Tomo XVII, 1911, (6)+622+(3) págs.
Acrescentam-se os dois volumes de índices, publicados cerca de 40 anos mais tarde: Índice dos «Elementos para a História do Município de Lisboa», por Esteves Rodrigues da Silva, sob a direcção de Jaime Lopes Dias, 2 vols., Lisboa: Câmara Municipal, 1942-1943. Com 396+578 páginas, e 22,5 x 17 cm. Capa do volume II com um rasgão restaurado. Páginas por abrir.
Todos os 19 volumes em brochura e 17 deles com as páginas por abrir. Bom estado geral, com não mais do que pequenos defeitos dispersos (muito ocasionais picos de humidade; algumas lombadas mais amarelecidas que outras; bicho de papel que atacou superficialmente a capa do tomo VI; e situações afins, de pouca monta).
Conjunto invulgar.
Preço: 440 euros.
FYSIOGNOMIA
E VARIOS SEGREDOS DA NATUREZA
JERONYMO CORTEZ
FYSIOGNOMIA, E VARIOS SEGREDOS DA NATUREZA. Contém Cinco Tratados de differentes materias, revisto, e melhorados nesta ultima impressão. Accrescentado nesta ultima idição com huns segredos emportantes para tirar nodoas. Composto por Jeronymo Cortez, Natural da Cidade de Valença. Agora novamente traduzido em Portuguez por Antonio da Silva de Brito. Lisboa, Na Officina de Francisco Borges de Sousa, Anno MDCCXCII. Com licença da Real Meza da Commissão Geral Sobre o Exame, e Censura dos Livros.
Um catálogo, ou receituário, contendo diversas fórmulas práticas e mezinhas, mais ou menos credíveis, com tanto de impraticável — por dificuldades de obtenção de certos ingredientes — como de realização fácil, na oficina, no campo ou no lar. Há astrologia, agricultura, folclore, curandeirismo, zoologia, geografia, técnicas oficinais [vide índice nas fotografias supra] e métodos para a produção de bebidas alcoólicas. O título, por exemplo, destaca «segredos emportantes para tirar nódoas». O autor: Jerónimo Cortez, ou Gerónimo Cortés (1555-1615), natural de Valência e autor do famosíssimo Lunário Perpétuo, até aos nossos dias republicado… e usado.
Os cinco tratados referidos no título são: 1) «Da Fysiognomia Natural do homem, conforme o methodo da Filosofia, e Medicina»; 2) «Das excellencias do Alecrim, e sua qualidade»; 3) «Das muitas, e mui grandes propriedades da Agua ardente»; 4) «Dos Segredos da Natureza, e maravilhosos effeitos delles»; e 5) «Da Regiao Elementar, e Celeste, no qual se descrevem as naturezas dos quatro Elementos, e Corpos Celestes, e de muitos, e varios effeitos, que causão».
Uma das inúmeras edições portuguesas da obra, mais ou menos expurgada, ao longo dos últimos 300 anos — só na Biblioteca Nacional existem edições de 1699, 1706, 1815, 1844, 1860, 1866, 1879, 1900, 1978, 1993 e 1995, bem como uma castelhana de 1598.
Com 238 páginas, e 14,9 x 9,8 cm. Encadernação da época, inteira de pele, sólida embora mal-tratada, possui diversos defeitos (faltas e furos, principalmente na lombada). Miolo aparado, e com manchas; há ainda uma pequena falta de papel no canto inferior exterior da página 181/182, que não chega a tocar o texto; e garatujas a lápis nos intervalos do texto das páginas 222 a 224. Contudo, um exemplar interessante. Invulgar.
Preço: 70 euros.
Prémio Camões, do S.N.I. — 1951
[20Fev20]






A REVOLUÇÃO PORTUGUESA
JESUS PÁBON
Publicado originalmente em espanhol, em 2 volumes, o ensaio histórico de Jesus Pábon sobre as duas décadas que antecederam o Estado Novo recebeu quase de imediato o Prémio Camões, do SNI, em 1951, antes mesmo da publicação da tradução portuguesa.
Historiador bem posicionado no regime franquista, Pábon assume uma visão parcial, de extrema-direita, sobre a Revolução Portuguesa de 1910 e a Primeira República Portuguesa, destacando sempre «a desordem, a demagogia e a instabilidade governativa» [cit. aqui] por contraponto à bonança trazida pelo 28 de Maio. A obra começa com um elogio a D. Carlos e termina com uma citação de Salazar…
Ilustrado. Prólogo do autor. Tradução de Manuel Emídio e Ricardo Tavares. 684+(4) páginas. 23,8 x 16 cm. Encadernação sintética sóbria, mantendo as capas de brochura originais. Miolo aparado, com algumas manchas de oxidação e marcas de restauro. Carimbo de posse sumido no ante-rosto. Bom estado geral. Colecção Grandes Estudos Históricos. Lisboa: Editorial Aster, [s.d.]
Preço: 30 euros.