
10 COMPOSIÇÕES GRÁFICAS SOBRE VERSOS DE OS LUSÍADAS DE LUÍS DE CAMÕES
TH. DE MELLO / TOM
Álbum-pasta trilingue (português/francês/inglês), 32 x 35 cm, concebido com a mestria e a atenção extrema ao pormenor gráfico de Tom:
As ilustrações […] têm origem no convite de Natércia Freire para uma única ilustração a propósito do quarto centenário de Os Lusíadas, numa futura exposição que a escritora comissaria: Os Lusíadas que Fomos, os Lusíadas que Somos. Glosando a canónica obra quinhentista, Tom afasta-se da preguiça plástica dos outros artistas convidados e multiplica por dez a encomenda, criando um álbum onde faz um ajuste de contas cruel e desiludido com um mundo orweliano em que o artista já não se revê. Não é difícil enquadrar esta obra na agonia do regime ou nos grafismos de João Abel Manta, que empreende por essa época uma demanda solitária contra a decadência moral e política do país nas suas ilustrações, cartoons e caricaturas. Tom publicará a obra no ano seguinte, 1973, no formato de 35 x 32 cm e as páginas coladas em banda contínua. Os originais das composições, em grande formato, são traçados a tinta da china e redes gráficas autocolantes de diferentes densidades. O luxuoso objeto gráfico é o canto do cisne do ilustrador Tom.
[Jorge Silva, aqui].
Miolo em harmónio, desdobrável, impresso a preto e bronze apenas na frente do bloco, com 27 páginas de 32 x 34,5 cm cada.
Com um texto escrito para este álbum por Natércia Freire, «A Eternidade Moderna de Os Lusíadas», traduzido para inglês por Ida Turner Donnat.
Tiragem de 600 exemplares, numerada (este o n.º 101) e assinada pelo autor, impressa nas oficinas gráficas da Litografia de Portugal, em Lisboa, aos 30 dias do mês de Setembro de 1972.
Capa com algumas manchas, maioritariamente leves e junto à margem superior, e uma aparente mancha de tinta rosa, um pouco abaixo do título. Ínfimas falhas de papel na margem inferior da primeira página, e no canto superior direito e margem superior da capa. Mantém-se um bom exemplar.
Preço: 160 euros.
