O PÃO NOSSO


ANTÓNIO DE PÁDUA CORREIA


Semanário Republicano Portuense. Colecção completa dos 23 panfletos numerados, publicados entre 19 de Abril e 28 de Setembro de 1910, com 16 páginas cada (total de 368 páginas). Encadernação recente (24 x 16 cm), sóbria e sólida, com rótulo em pele. Capas espelhadas, miolo não aparado. Em bom estado geral. Porto: Empresa do Pão Nosso, 1910.

Conjunto invulgar.

Preço: 85 euros.


Consultar aqui a ultra-completa ficha histórico-bibliográfica da
Hemeroteca de Lisboa,
e aqui todos os 23 números
digitalizados pela mesma instituição.

 


O DESTERRO DAS MANTILHAS


[ANTÓNIO JOAQUIM MESQUITA E MELO]


Anunciada a sua venda ao público nas edições d’O Correio do Porto de 19 e 20 de Dezembro de 1820 embora Inocêncio lhe atribua a data de 1821, ver I-162 e tb. VIII-186 teve por autor, sob pseudónimo, António Joaquim Mesquita e Melo, poeta natural de Avintes que à época teria cerca de 30 anos de idade. A questão das mantilhas, tema do opúsculo, é um problema coevo sobre o qual existem reflexões de Garrett e, mais tarde, também de Camilo (ver aqui).

Título completo: O DESTERRO DAS MANTILHAS : ou Exhortação em que o Poeta Gallego com rasões bem arrasoadas, mostra a necessidade de desterrar um traje, que esconde a formosura e a gentilesa das Mulheres bonitas. Porto: Na Typografia à Praça de S. Thereza, [1820].

Caderno de 8 páginas, cosido. 21,5 x 15,5 cm. Conserva, soltas, as frágeis capas de brochura originais, azuis, não impressas. Capas e miolo com variados vincos e algumas manchas.

Exemplar com assinatura de posse, no topo da primeira e na base da última página, de João Carlos Mascarenhas de Mello, n. 1860, médico-cirurgião, militar condecorado e republicano — como sub-inspector de saúde da 1.ª divisão militar, por exemplo, encontramo-lo de visita ao moderno Pavilhão Vacinogénico de Lisboa, em 1911. Mascarenhas de Melo foi, também, durante 23 anos consecutivos, presidente da assembleia geral do Sport Lisboa e Benfica, entre 1908 e 1931, e não por acaso surge homenageado na primeira página do primeiro número do boletim oficial do clube, em 1927, sendo então o sócio n.º 10.

Muito invulgar.

Preço: 65 euros.



 


NOVA HISTÓRIA DE JOÃO DE CALAIS


Quanto às aventuras do navegador João de Calais, Luís da Câmara Cascudo não deixou de fomentar algumas dúvidas a respeito da sua verdadeira autoria, baseando-se nas informações de Mme. Monique Cazeaux-Varagnac e nas pesquisas de Antoine Barbier, as quais apontam para um certo Jean Castillon, possível pseudónimo de autor anónimo, como o autor da estória que cativa há séculos o ocidente europeu. O etnólogo brasileiro nota, ainda, que a versão original da História de João de Calais reporta o seu ambiente para o reino português, tendo o mesmo sido modificado aquando da tradução, pois a redacção de Madame de Gómez substitui o porto de Lisboa e o reino de Portugal pelo porto de Palermo no reino da Sicília. [daqui]

Folheto “de cordel” com agrafo. 11.ª edição. 16 páginas. 16,5 x 12 cm. Pequenos picos de oxidação marginais. Bom estado. Edição do Bazar Feniano / António da Silva Santos e C.ª / Porto [s.d.].

Preço: 12 euros.



APROVEITAMENTO DA POUPANÇA NACIONAL EM BENEFÍCIO DA COLECTIVIDADE, POR MEIO DOS

CERTIFICADOS DE AFORRO


Brochura promocional da Junta do Crédito Público, que anuncia as vantagens dos recém-criados Certificados de Aforro:

Quis-se preencher, por meio dos certificados de aforro, uma lacuna de há muito verificada, e que se traduz na fuga ou quiçá no desinteresse das pequenas economias pelo rendimento comercial dos dinheiros resultantes da poupança, conseguida muitas vezes à custa de tantos sacrifícios.
Sente-se e é notório o afastamento da circulação real de vários capitais, amealhados ou entesourados, à maneira antiga, nas impenetráveis burras à prova de fogo, ou mais poèticamente, em esconderijos cujo segredo passa de geração em geração ou ainda guardados na palha dos colchões, em pés-de-meia ou em panelas de barro, algumas vezes cautelosamente emparedadas.
Esse dinheiro, ciosamente imobilizado na melhor das intenções, previdentemente guardado para as incertezas do dia de amanhã, não vê a luz do sol nem se lhe dá o calor da utilidade para que foi criado no interesse de cada um, seu possuidor, em particular, e da comunidade em geral; torna-se, na conjectura económica, um elemento de perturbação e transforma afinal, em improdutiva avareza, um belo sentimento de previdência que está na base da poupança e que bem entendido, deve ser estimulado e acarinhado como factor de riqueza nacional. Etc.

Folheto de 8 páginas + capa ilustrada. Agrafado. 15 x 10,5 cm. Bom estado geral. Composto e impresso na Tipografia Portuguesa, Lisboa, 1961.

Preço: 7 euros.


 


NAS NUVENS…


SETE RAPARIGAS


Romance expressamente escrito para o jornal A VOZ, Lisboa, 1932. Publicado em folhetins a partir do dia 26 de Abril desse ano. Colecção completa. 94 páginas. 19,2 x 12,7 cm. Encadernação caseira. No miolo, o topo de dois pares de páginas encontra-se rasgado, mas sem perda de papel ou texto [ver fotografia]. Um exemplar satisfatório de um folhetim efémero e anónimo.

Preço: 15 euros.


 


[Carta Dactiloscrita]


JOSÉ MANUEL SOARES DE OLIVEIRA


Dactiloscrito de 9 páginas, datado de 9/9/1947, assinado pelo autor, José Manuel Soares de Olviera, que esteve «praticamente sozinho à frente da ALA» no biénio 1946-1947, a exercer funções de director interino, na sequência da indisponibilidade de Jorge Botelho Moniz. É feito um balanço da actividade do jornal para «os futuros elementos directivos», pois Soares de Oliveira [vê-se] «obrigado a abandonar Portugal pelo prazo de 2 anos» — a publicação terminou abruptamente (cit. Daniel Pires) pouco tempo depois (1948/1949), na sequência da campanha de Norton de Matos.

Parte da carta é dedicada aos colaboradores (Afonso Botelho, Manuel Falcão, Freitas Leal, Luiz Archer, Nuno Teotónio Pereira, Henrique Barrilaro Ruas, etc.), e são ainda referidos problemas com a tipografia.

ALAJornal dos Universitários Católicos de Portugal, foi fundado em 1941, com crítica literária, poética, teatral, musical e de belas-artes, secção de desporto universitário e outras. Ao longo da sua curta história publicou colaborações importantes de Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Salette Tavares, Ruy Cinatti, Francisco de Sousa Tavares, Jorge Botelho Moniz, Vasco Miranda, Ruben A. ou Noël de Arriaga.

Conjunto agrafado de 9 folhas dactilografadas apenas de um lado, com assinatura manuscrita do autor no final, e formato 27 x 22 cm.

Invulgar.

Preço: 35 euros.


 


ALMANACH DA LIVRARIA INTERNACIONAL

DE ERNESTO CHARDRON PARA

1874


coordenado por
ALBERTO PIMENTEL


Primeiro Anno. Colaboração de Teixeira de Vasconcelos, D. António da Costa, Bulhão Pato, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, D. Guiomar Torrezão, Júlio César Machado, Lopo de Sousa, Oliveira Júnior, Pinheiro Chagas, Rangel de Lima, Sousa Viterbo, Tomás Ribeiro e António Feliciano de Castilho. Coordenação editorial de Alberto Pimentel.

Em brochura. Ilustrado no texto. 22 x 15 cm. 64 páginas de almanaque seguidas de 16 páginas do catálogo das recentes edições de Chardron (1870-1873). Composto e impresso na Tipografia de António José Teixeira. Porto: Livraria Internacional de Ernesto Chardron, 1873.

Manuseado. Com falta da capa posterior e partes da lombada (não impressa). Miolo com ocasionais picos de oxidação. Invulgar.

Preço: 40 euros.


 


NÃO HÁ RENDAS BAIXAS, HÁ RENDAS ESPECULATIVAS

É IMPOSSÍVEL O AUMENTO DE RENDAS


M. ROQUE LAIA


O preço das rendas das casas, tal como o do pão, dos transportes colectivos, têm de ter em conta a capacidade económica do público utente, ou seja, neste caso, a dos arrendatários. [p. 29]

Autoria de Mariano Roque Laia, advogado de causas difíceis em tempos cinzentos. Ilustrado nas capas com fotografias de reportagem de O Século Ilustrado, 3 de Julho de 1971. Na capa e no rosto figura o símbolo da AIL para o cooperativismo habitacional, sob o lema «um lar para cada família».

41+(3) páginas. 26 x 18,5 cm. Capa com alguns picos de oxidação concentrados junto a uma das margens. Bom estado geral. Impresso na Empresa Gráfica Casa Portuguesa. Edição do autor patrocinada pelas Associações dos Inquilinos Lisbonenses e do Norte de Portugal, Lisboa, 1971.

Preço: 14 euros.


 


DO OUTRO LADO

CANÇONETA CÓMICA

ALFREDO DE MORAES PINTO
(PAN-TARANTULA)


Ilustrações de Rafael Bordalo Pinheiro, catorze (14) no texto e duas (2) nas capas: desenho da capa “continua” na contracapa, e a frente e o verso do livro estão trocados, de acordo com o título. Mais detalhe aqui.

16 páginas. 18,5 x 12 cm. Impresso na Typographia Elzeviriana. Miolo limpo. Capas com manchas leves junto às margens. Em bom estado geral, pese embora as capas quase soltas, mantidas pela linha de cosedura em dois pontos. Lisboa: Tavares Cardoso & Irmão, 1885.

Preço: 60 euros.



CANÇÕES EM VOGA


ALICE AMARO


Canções com músicas de Wolmar Silva, Ferrer Trindade, Shegundo Galarza, Nóbrega e Sousa, João Nobre, Carlos Canelhas e Manuel Paião; e letras de Manuel Lereno, Artur Ribeiro, António José, João Nobre, Frederico de Brito, Magalhães dos Santos, Eduardo Damas, Jerónimo Bragança e Vítor Teixeira. Não inclui pautas musicais, apenas as letras das canções. Com 16 páginas e 14,6 x 10,5 cm. Frágil, mas em bom estado. Ermesinde: Editorial Crisos, [s.d.].

Preço: 12 euros.