O PORTUGAL DE D. JOÃO V VISTO POR TRÊS FORASTEIROS
Tradução, prefácio e notas de Castelo Branco Chaves, que desvenda três curiosas publicações em língua francesa, de difícil acesso, publicadas em Paris, Amsterdão e Milão, descrevendo Lisboa e alguns pontos do País (Cascais, Coimbra, Mondego, Zêzere, Tejo, Serra da Estrela, Elvas, Estremoz, Vendas Novas, Montemor, Aldeia Galega, Mafra, etc.), nas duas décadas anteriores ao Terramoto de 1755.
Brochado. 281-(17) páginas. 24,5 x 16,5 cm. Bom estado geral. Série Portugal e os Estrangeiros. Lisboa: Biblioteca Nacional, 1983.
Preço: 25 euros.
Elementos para a História do Município de Lisboa — (1882-1911) — 19 volumes — Colecção Completa
[12Jul22]
ELEMENTOS PARA A HISTÓRIA
DO MUNICÍPIO DE LISBOA
EDUARDO FREIRE DE OLIVEIRA
Título e autor, tal qual figuram no rosto: Elementos para a História do Município de Lisboa, por Eduardo Freire de Oliveira, arquivista da Camara Municipal da mesma cidade. 1.ª PARTE. Publicação mandada fazer a expensas da Camara Municipal de Lisboa, para commemorar o centenario do Marquez de Pombal em 8 de Maio de 1882.
Mais de 10 mil páginas de documentos oficiais de algum modo relevantes, organizados cronologicamente e alusivos a séculos de assuntos invariavelmente díspares — as iguarias de um banquete celebratório, a colocação na prisão do Limoeiro do líder de uma «companhia de comediantes de Castella», a lista das pessoas de cada freguesia que se recusam a participar numa campanha de limpeza pública, a morte do rei —, num panorama que permite acompanhar os reflexos da política e da história do país nas várias decisões e questões do município d’esta cidade onde desde muito cedo esteve instalado um Governo demasiado centralista.
Temos assim «a carta regia que trouxe a communicação official da morte de Filippe II» (tomo II, quase todo dedicado ao “tempo dos Filipes”, pág. 590), «a ruína de Lisboa», no sábado 1 de Novembro de 1755 (tomo XVI, a partir da página 133, com lista e descrição sumária de abalos sísmicos anteriores, nomeadamente os de 1309, 1321, 1344, 1356, 1512, 1531, 1551, 1575, 1597, 1598, 1699 e 1724), a inauguração da estátua equestre de D. José (em parte citada aqui) ou a «consulta da Cammara a el-rei em 2 de julho de 1650», onde se propõem os nomes de «doze fidalgos, doze cidadãos e doze homens do povo» para «terem as chaves das quatro portas da cidade» (tomo V, p. 208, antecedendo em algumas páginas a lista exaustiva dos preços de venda de todo o tipo de animais para alimentação, indexados inteiros, em partes, e por género).
O primeiro documento transcrito no tomo I, que não o foral de 1179, data de 7 de Novembro de 1190, e o último documento transcrito no tomo XVII data de 23 de Agosto de 1777. Entre ambos, os diversos prefácios e as anotações constantes de Freire de Oliveira (1841-1916) desvelam e aprofundam as origens e importância dos textos que transcreve. Contém ainda algumas ilustrações, muito poucas, destacando-se a litografia da Divisa da Cidade, que abre o tomo X, ou a «planta litographada da sala das sessões do senado da camara de Lisboa, que acompanha a carta regia de 13 de Novembro de 1773» (tomo I, pág. 68).
[Para uma descrição mais detalhada da cronologia de cada tomo, consulte-se o artigo de António Miranda na Rossio n.º 1, de 2013. Como o plano cronológico da 1.ª parte da obra deveria ter prosseguido até ao ano do início da publicação (1882), suspeita-se que, além da nunca publicada 2.ª parte, também desta 1.ª parte terá ficado por publicar pelo menos um tomo, para o período 1777-1882.]
Obra completa (tudo quanto se publicou), em XVII tomos de 24,5 x 16,5 cm (66cm de estante), Lisboa: Typographia Universal, 1882-1911.
Tomo I, 1885; (12),661,(5) págs. — Tomo II, 1887; xiv,593,(2) págs. — Tomo III, 1888; vi,584,(3) págs. — Tomo IV, 1889; xii,628,(3) págs. — Tomo V, 1891; vi,620,(3) págs. — Tomo VI, 1893; ix,627,(2) págs. — Tomo VII, 1894; cxii,466,(3) págs. — Tomo VIII, 1896; vi,593,(3) págs. — Tomo IX, 1898; vi,617,(4) págs. — Tomo X, 1899; viii,595,(2) págs. — Tomo XI, 1901; vi,632,(3) págs. — Tomo XII, 1903; (10),652,(3) págs. — Tomo XIII, 1904; (6),622,(3) págs. — Tomo XIV, 1906; (6),634,(3) págs. — Tomo XV, 1906; (6),630,(3) págs. — Tomo XVI, 1910; xiv,567,(4) págs. — Tomo XVII, 1911; (6),622,(3) págs.
Acrescentam-se os dois volumes de índices, publicados cerca de 40 anos mais tarde: Índice dos «Elementos para a História do Município de Lisboa», por Esteves Rodrigues da Silva, sob a direcção de Jaime Lopes Dias, 2 vols., Lisboa: Câmara Municipal, 1942-1943. Com 396 e 578 páginas, e 22,5 x 17 cm. Capa do volume II com um rasgo restaurado. Páginas por abrir.
Todos os 19 volumes em brochura e 17 deles com as páginas por abrir. Bom estado geral, com não mais do que pequenos defeitos dispersos (muito ocasionais picos de humidade; algumas lombadas mais amarelecidas que outras; bicho de papel que atacou superficialmente a capa do tomo VI; e situações afins, de pouca monta).
Conjunto invulgar.
Preço: 420 euros.
O SALITRE E SUAS IMEDIAÇÕES
MÁRIO COSTA
Palestra proferida na sede do Grupo Desportivo do Banco de Portugal em 5 de Dezembro de 1951, e repetida no Grupo «Amigos de Lisboa», em 24 de Janeiro de 1952.
História/Memória das transformações da zona circundante à Rua do Salitre, em Lisboa. Ilustrado com a reprodução de seis gravuras, duas do Passeio Público e quatro de teatros entretanto desaparecidos. 61+(17) páginas. 23 x 17 cm. Bom estado geral. Lisboa: Amigos de Lisboa, 1952.
Preço: 20 euros.
REGIMENTO DO HOSPITAL DE TODOS OS SANTOS
Título completo: REGIMENTO DO ESPRITAL DE TODOLOS SANTOS DE EL-REY NOSSO SENHOR DE LISBOA Que deu El-Rey D. Manuel no Ano do Senhor de 1504 e que é pela primeira vez dado em livro pelo Laboratório Sanitas em Novembro de 1946 nesta cidade de Lisboa.
Do Regimento do Hospital de Todos os Santos, «há duas versões no Arquivo do Hospital de S. José, ambas manuscritas, sendo uma, a original, escapada a dois incêndios, ao terramoto de 1755 e ao incêndio que se lhe seguiu, outra, “a leitura nova”, posterior. / A edição que fazemos é duma cópia revista, em face do original quinhentista e da “leitura nova”, pelos distintos funcionários Francisco de Bettencourt Atayde e Eduardo Santa Clara d’Agrella, sob a direcção de Ataíde e Melo, ilustre arquivista do Hospital de S. José, feita por determinação do antigo sub-secretário de estado da assistência social, Joaquim Dinis da Fonseca.» [in Prefácio, p. 8]
Autografado com dedicatória, no ante-rosto, por Fernando da Silva Correia, autor do prefácio e coordenador da edição, à época director do Instituto Ricardo Jorge. Com 4 ilustrações em extra-texto couché. 83+(13)+[8] páginas. 22 x 15,5 cm. Bom estado. Composto e impresso nas oficinas gráficas da Casa Portuguesa. Lisboa: Laboratório Sanitas, 1946.
Preço: 27 euros.