DE LISBOA A SEVILHA

PELOS PIRINÉOS


ROGERIO PEREZ


Viagem. Excerto de um artigo de Norberto Lopes, no Diário de Lisboa, como prefácio. Passagens por Marrocos, Córdoba, Pirinéus, Madrid, Sevilha, (…).

Capa de Stuart de Carvalhais. Tiragem numerada (ex. n.º 1006), rubricada pelo autor. 190,(2) páginas. 19,4 x 13 cm. Encadernação sintética da época, com manchas leves, pouco relevantes. Possui ambas as capas de brochura, não aparadas e em bom estado, sem defeitos. Miolo no geral limpo. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1929.

Preço: 22 euros.


 


SEIS POEMAS


FERNANDO PESSOA


Título completo [traduzido na capa posterior]: SEIS POEMAS DE FERNANDO PESSOA E HETERÓNIMOS. Apresentados no Ateneo de Madrid, na interpretação dos «Jograis de São Paulo», para ilustrar a conferência de Eduardo Freitas da Costa em 24 de Abril de 1959.

Eduardo Freitas da Costa, jornalista e político, arreigado salazarista e director de jornais de extrema-direita (aqui), estudou e escreveu sobre Fernando Pessoa, o homem e a obra, ao longo de décadas, mormente privilegiando a perspectiva nacionalista. Publicaram-se estes Seis Poemas (…) por ocasião da conferência que proferiu no Ateneo de Madrid, «Fernando Pessoa y la poesia portuguesa contemporánea», inserida no ciclo Cuestiones Politico-Culturales de la Europa de Hoy — precisamente 15 anos antes da noite que o conduziria ao exílio nessa mesma cidade.

Poemas (três dos quais excertos) de Alberto Caeiro, Ricardo Reis, Álvaro de Campos; e Fernando Pessoa. Edição bilingue. Traduções de Ángel Crespo. Abre com a reprodução de um retrato do poeta por Almada Negreiros.

Grampeado. (16) páginas, inumeradas. 23,5 x 16,5 cm. Com defeitos: capas e miolo com pregas e vincos na zona adjacentes ao pé da lombada. Manchas leves na capa posterior. Miolo limpo. Valorizado pelo cartão-convite (16 x 11) para a conferência. Nota manuscrita a lápis no topo da capa — hipotética nomeação da destinatária do exemplar. Tiragem restrita.

Preço: 17 euros.


 


POR LA CONCORDIA


FRANCISCO CAMBÓ


De Francesc Cambó y Battle (1876-1947), advogado e político, fundador da Liga Regionalista, Ministro do Fomento (1918) e da Fazenda (1921-1922), o «grande profeta fracassado do nacionalismo catalão». Edição de uma conferência do autor na Associación Catalanista de la Barceloneta, em Janeiro de 1923, anterior ao golpe de Estado de Primo de Rivera, em Setembro desse mesmo ano.

Segunda edição (prefácio datado de 1927). Com 211 páginas, e 15,7 x 12,3 cm. Lombada fendida, e com marcas de restauro. Miolo com picos de oxidação. Exemplar sólido. Madrid: Compañía Ibero-Americana de Publicaciones, [s.d.].

Preço: 18 euros.


 


BISMARCK

ARTÍFICE DE LA TERCERA REPÚBLICA FRANCESA

MARQUÉS DE QUINTANAR


Exemplar autografado pelo autor com dedicatória ao embaixador português Luís Norton, «querido amigo». Prólogo de Ramiro de Maetzu. Brochado. 221 páginas. 20,5 x 14,5 cm. Madrid: Cultura Española, 1936.

Ramiro de Maeztu, assassinado poucos meses após a publicação deste livro, e o Marqués de Quintanar [Fernando Gallego de Chaves Calleja, 1889-1974, Conde de Santibáñez del Río, «amigo fraternal» de António Sardinha e dos integralistas portugueses] foram ambos colaboradores próximos de Primo de Rivera durante a Ditadura. Após a queda da Monarquia e o advento da Segunda República fundaram a revista nacionalista Acción Española (1931-1937), propalado veículo reaccionário de ideias tradicionalistas, anti-liberais, anti-democráticas e anti-parlamentares.

Preço: 30 euros.


 


A GUERRA CIVIL DE ESPANHA


HELLMUTH GÜNTHER DAHMS


Título original: Der Spanische Bürgerkrieg (1962). Tradução portuguesa de Maria da Graça Cardoso. Ilustrado com 47 fotografias extra-texto, das agências de notícias EFE (Madrid) e Keystone (Paris). 347 páginas. 21 x 14,5 cm. Encadernação editorial, com a sobrecapa original em bom estado de conservação, salvo alguma perda de cor na lombada. Lisboa: Editorial Ibis, 1964 (dois anos antes da edição espanhola).

Preço: 15 euros.


 


MADRID EM CHAMAS

( IMPRESSÕES VIVIDAS EM ESPANHA )

Z. VILLALBA


A visão da Guerra Civil de Espanha que convinha ao Estado Novo, donde o prefácio de Marcelo Caetano, que elogia no autor o hábito «à disciplina dos factos e das normas», e ser «profissionalmente avesso à deformação literária da realidade», isto perante «os monstros da revolução pseudo-proletária» e os «frios algozes comunistas».

Trata-se de uma «tradução livre», pelo octogenário «Dr. Eduardo de Castro e Almeida», de um «manuscrito» de «um homem de leis, eminente no fôro madrileno». Villalba, Z. será então um pseudónimo? Existe o manuscrito? Nas décadas anteriores, Castro e Almeida (n. 1865), que foi primeiro conservador da Biblioteca Nacional, tornara-se uma autoridade na catalogação de manuscritos em arquivos públicos nacionais.

Capa não assinada. Em brochura e em bom estado, salvo vinco (pouco profundo) de leitura na lombada. 161+(1) páginas. 19 x 12 cm. Sem menção de editor, mas com a referência de ter sido composto e impresso na secção de «Linotypes» d’O Jornal do Comércio e das Colónias [orgão de imprensa alinhado com a ditadura], em Lisboa, 1936.

em conjunto com:

VINGANÇA, de ALFREDO MARQUES. Novela operária. Capa não-assinada. 158+(2) páginas. 19,5 x 13,5 cm. Lisboa: Editorial Hercules, 1933. Capas e lombada cansadas e com defeitos. Pequena assinatura de posse no interior do ante-rosto. Miolo no geral limpo.

Preço (do conjunto: 25 euros.