A ÍRIS


HYGINO DE SOUSA


Com dedicatória do autor (que foi um dos alunos do primeiro curso de oftalmologia em Portugal) e o envelope que endereçou e remeteu ao dedicatário por correio, com selo de D. Carlos, circulado.

Dissertação. Ilustrado no texto, inclui 3 estampas fotográficas em extra-texto couché, no final. Capa e rosto com reprodução da «íris direita de Thomas Young, pupila dilatada, tamanho natural, desenhada por elle».

Brochado. (10),204,[III],(2) páginas. 23,5 x 15,7 cm. Pequenas falhas de papel à cabeça e pé da lombada. No geral, bom exemplar. Lisboa: M. Gomes Editor, 1900.

Preço: 35 euros.


 


OS MORTOS FALAM


ARTUR PORTELA


Exemplar assinado pelo autor com dedicatória (inter pares) ao escritor Carlos Portugal Ribeiro, «o melhor herculanista do nosso tempo».

Capítulos dedicados a Alexandre Herculano, D. Carlos, Camilo Castelo Branco, D. Dinis, António Enes, Mariano de Carvalho, Fialho de Almeida, Eça de Queirós, Marquês de Pombal, D. Pedro V, etc.

Volume sólido. Brochado. 193,(7) páginas. 19 x 13 cm. Lombada com várias faltas de papel (lepisma saccharina). Capa com um vinco no canto superior direito, mantém a vivacidade das cores. Miolo limpo. Lisboa: Editorial Inquérito, 1943.

Preço: 17 euros.



A REVOLUÇÃO PORTUGUESA


JESUS PÁBON


Publicado originalmente em espanhol, em 2 volumes, o ensaio histórico de Jesus Pábon sobre as duas décadas que antecederam o Estado Novo recebeu quase de imediato o Prémio Camões, do SNI, em 1951, antes mesmo da publicação da tradução portuguesa.

Historiador bem posicionado no regime franquista, Pábon assume uma visão parcial, de extrema-direita, sobre a Revolução Portuguesa de 1910 e a Primeira República Portuguesa, destacando sempre «a desordem, a demagogia e a instabilidade governativa» [cit. aqui] por contraponto à bonança trazida pelo 28 de Maio. A obra começa com um elogio a D. Carlos e termina com uma citação de Salazar.

Ilustrado. Prólogo do autor. Tradução de Manuel Emídio e Ricardo Tavares. 684,(4) páginas. 23,8 x 16 cm. Encadernação sintética sóbria, mantendo as capas de brochura originais. Miolo aparado, com algumas manchas de oxidação e marcas de restauro. Carimbo de posse sumido no ante-rosto. Bom estado geral. Colecção Grandes Estudos Históricos. Lisboa: Editorial Aster, [s.d.]

Preço: 22 euros.


 


MEMÓRIAS INÉDITAS DA RAINHA DONA AMÉLIA


LUCIEN CORPECHOT


«This memoir, written by a French journalist while its subject was still very much alive, reads almost like a work of fiction that bates the last days of the Portuguese monarchy in a soft glow of regret. The queen is portrayed as a woman whose courage was tested in many dramatic ways. Corpechot recounts stories of her rescuing the infant Luís Filipe from a cradle that had somehow caught fire, and plunging into the sea to help save a fisherman who had got himself into trouble.» [Malyn Newitt]

Título completo: Memórias Inéditas da Rainha Dona Amélia de Portugal. História dolorosa d’uma Princeza da Casa de França. Compendiadas por Lucien Corpechot.

Rara primeira edição em português, impressa em Paris. Tradução de Mello Menezes. Ilustrado com diversos  retratos fotográficos da família real, a preto, em extra-textos couché.

Volume intonso. Brochado. 143,(7) páginas. 19 x 12 cm. Pequena etiqueta de antiga biblioteca pessoal com o número «69» manuscrito, à cabeça da lombada. Muito bom estado de conservação. Rio de Janeiro: Casa A. Moura, 1913.

Preço: 40 euros.