


A HORA UNIVERSAL
DOS PORTUGUESES
PEDRO VEIGA
Autografado por Pedro Veiga com dedicatória a Falcão Machado, a quem dirige uma carta-manuscrita, na sua inconfundível caligrafia, em curioso papel amarelo (17,3 x 13,5 cm); carta assinada mas não datada, com 4 páginas (uma em branco) e cerca de 202 palavras, onde comenta, com interesse literário evidente, alguns assuntos bibliográficos e artísticos — há uma referência ao artista João Carlos [Celestino Gomes] — comuns, maioritariamente conimbricenses:
Penso que não faria mal eu tratar pictoralmente Coimbra nos ex-libris e nos selos postais. E também na literatura musical. Nos fadunchos!
Com ex-libris de Pedro Veiga. Sobrecapa editorial em papel marmoreado. Tiragem numerada e assinada (este o n.º XXXI, de um total não indicado). Ligeiros picos de oxidação. Bom estado geral. 16 páginas, por abrir. 22,7 x 17,5 cm. Porto: Edições «Prometeu», [s.d.].
Conjunto invulgar.
Preço: 125 euros.
NA ABERTURA DA EXPOSIÇÃO POSTUMA DE
ABEL SALAZAR
JÚLIO POMAR
Não admira, pois, que a obra plástica de Abel Salazar não tenha achado bitola que a julgue, isto é: que ela tenha aparecido aos olhos da generalidade dos que em Portugal dizem fazer arte como uma mensagem estranha à qual não servem os clichés que é de uso trazer no bolso, prontos a aplicar a qualquer um. A verdade é que não se perdoou ainda a Abel Salazar o ter pintado ou martelado cobres; a verdade é que, em nome sei lá de que purismos esteticistas, se excomungaram e se excomungam ainda as revelações violentas que Abel Salazar nos deixou.
Opúsculo raro, da autoria do pintor Júlio Pomar, apenas reeditado em 1989. 15 páginas. 19 x 12 cm. Capa com manchas leves. Porto: Fundação Abel Salazar, 1948.
Preço: 25 euros.