JÚLIO POMAR sobre Abel Salazar ( 1948 )
[14Fev22]
NA ABERTURA DA EXPOSIÇÃO POSTUMA DE
ABEL SALAZAR
JÚLIO POMAR
Não admira, pois, que a obra plástica de Abel Salazar não tenha achado bitola que a julgue, isto é: que ela tenha aparecido aos olhos da generalidade dos que em Portugal dizem fazer arte como uma mensagem estranha à qual não servem os clichés que é de uso trazer no bolso, prontos a aplicar a qualquer um. A verdade é que não se perdoou ainda a Abel Salazar o ter pintado ou martelado cobres; a verdade é que, em nome sei lá de que purismos esteticistas, se excomungaram e se excomungam ainda as revelações violentas que Abel Salazar nos deixou.
Opúsculo raro, da autoria do pintor Júlio Pomar, apenas reeditado em 1989. 15 páginas. 19 x 12 cm. Capa com manchas leves. Porto: Fundação Abel Salazar, 1948.
Preço: 24 euros.
Visão Política — JOSÉ MONK — 1898
[18Jan22]
VISÃO POLÍTICA
JOSÉ MONK
José Monk foi o pseudónimo do Coronel Joaquim Emídio Xavier Machado (1850-1904), essencialmente em escritos de cariz político. O autor pertenceu à Casa Militar do Rei, foi oficial às ordens do Infante D. Afonso e condecorado com as ordens de Avis e Santiago.
Neste opúsculo, apresenta um ambicioso «plano da regeneração política, financeira e nacional» cujas propostas incluem, ao detalhe, profundas reformulações militares e estratégicas que incluem, por exemplo, «a alienação voluntária e indubitavelmente necessária das províncias ultramarinas de Moçambique, Guiné e Timor».
Brochado. 45 páginas. 22,5 x 15,5 cm. Manuseado. Capa com pequenas manchas. Lombada com falhas. Miolo limpo. Edição do Autor, Lisboa, 1898.
Preço: 15 euros.
A HORA UNIVERSAL
DOS PORTUGUESES
PEDRO VEIGA
Autografado pelo autor com dedicatória a Falcão Machado, a quem dirige uma carta-manuscrita — na sua inconfundível caligrafia, em curioso papel amarelo (17,3 x 13,5 cm), assinada mas não datada, com 4 páginas (uma “em branco”) e cerca de 202 palavras, — comentando, com interesse literário evidente, alguns assuntos bibliográficos e artísticos conimbricenses em comum:
«Penso que não faria mal eu tratar pictoralmente Coimbra nos ex-libris e nos selos postais. E também na literatura musical. Nos fadunchos!»
Com ex-libris de Pedro Veiga. Sobrecapa editorial em papel marmoreado. Tiragem numerada e assinada (este o n.º XXXI, de um total não indicado). Ligeiros picos de oxidação. Bom estado geral. 16 páginas, por abrir. 22,7 x 17,5 cm. Porto: Edições «Prometeu», [s.d.].
Conjunto invulgar.
Preço: 115 euros.