O CASO DA INFANTA CAPELISTA DE CAMILO CASTELO BRANCO

OU

COMO SE ARRANCAM AS PENAS A UM EMPAVOADO “CAMELIANISTA”


JAIME BRASIL


«A confusão estabelecida pelos “entendidos” em camilografia, em geral simples camilómanos, acerca da obra de Camilo Castelo Branco A Infanta Capelista é de tal ordem que os não iniciados nos mistérios da vida deste escritor, dificilmente encontrarão o fio da meada, propositadamente enredada pelos camilófagos e “camelianistas”.»

Tiragem de 700 exemplares (este o n.º 274), com a chancela do autor. Ilustrado com três fac-similes, no texto.

Brochado. 47,(1) páginas. 21,2 x 14,4 cm. Bom estado. Porto: Livraria Galaica, 1958.

Preço: 30 euros.


 


NOS ANNOS DE HENRIQUE MARQUES

1 DEZEMBRO 1904


HENRIQUE MARQUES JUNIOR


Folheto comemorativo, ilustrado com o retrato do editor homenageado em papel couché, e três desenhos art-nouveau nas capas. Longa dedicatória de Henrique Marques Júnior a Albino Forjaz de Sampaio («Exemplar n.º 14»), e a sua habitual ficha bibliográfica manuscrita inclusa.

Caderno de [1],8 páginas, e 16,6 x 11,2 cm. Com algumas manchas. Impresso na Typographia da Empreza da História de Portugal, 1904. Muito invulgar.

Preço: 22 euros.


 


AMOR DE PERDIÇÃO


FRANCISCO BRAGA


O libreto de Francisco Braga para a ópera de João Marcelino Arroyo, baseado no romance homónimo de Camilo Castelo Branco, distribuído nas representações da primeira temporada, no Real Theatro de S. Carlos. Com ilustrações do cenógrafo Luiz Salvador Marques.

O Italiano Luigi Mancinelli foi chamado a dirigir e a estreia aconteceu a 2 de Março [de 1907], depois de ensaios gerais com casa cheia e a presença da Rainha D. Amélia, perante a família real, quase todos os membros do governo (ao qual o autor se opunha), representantes parlamentares, universitários, judiciais e da imprensa (que relataram o desenrolar do acontecimento com pormenor de reportagem radiofónica avant la lettre): foi um acontecimento nacional que configurou o maior sucesso que jamais teve lugar no Teatro de S. Carlos.
[v. Meloteca]

Caderno de 36 páginas. 21,5 x 14,5 cm. Capas e miolo com um leve vinco central (vertical) de leitura. Uma das ilustrações com uma curiosa nota manuscrita relativa à posse coeva do convento. Edição do Real Theatro de S. Carlos, Empreza de José Paccini, Época 1906-1907, Lisboa, [1907].

Preço: 35 euros.


 


NOITES DE INSOMNIA

ANNOTAÇÕES DO AUTOR


CAMILO CASTELO BRANCO


Curiosidade extraída de uma colecção das Noites de Insomnia, em quatro volumes anotados a lápis e tinta por Camilo Castelo Branco, então na posse de Bettencourt Raposo, que transcreve as notas e apresenta o opúsculo.

Caderno de 12 páginas. 22 x 13,7 cm. Algunas vincos de manuseio. Lisboa: J. Rodrigues & C.ª, s.d. — Henrique Marques, n’Os Editores de Camilo, põe-lhe a data de 1915.

Preço: 17 euros.


 


TYPOS NACIONAES D’AVEIRO

JOSÉ LUCIANO DE CASTRO

(ESTUDOS DO CORAÇÃO E DO FIGADO)

D. ROSARIA DOS COGUMELLOS
[CAMILO CASTELO BRANCO]


Conta Henrique Marques, n’Os Editores de Camilo, que «[p]ara em tudo ser singular, Camilo até o foi na variedade e estranheza de editores.
Quem for lido nas obras do Mestre deve lembrar-se de que, em 1855, no Porto e Carta, apareceu dele uma série de artigos de troça a José Luciano de Castro, assinados por D. Rosária dos Cogumelos.
José Luciano, estreante ainda, publicara em Aveiro uns artigos impregnados daquela ingenuidade própria dos poucos anos, que foi o que deu o flanco à troça pegada de Camilo, em que não ficava pedra sobre pedra.
José Luciano não lhe guardou rancor por semelhante crítica; provou-o exuberantemente quando, sendo chamado como testemunha no escandaloso processo dos amores de Camilo com D. Ana Plácido, declarou que nada sabia nem nada ouvira dizer sobre tal acontecimento.
Pois a política, essa desavergonhadíssima marafona, que tem o triste condão de emporcalhar e desvirtuar tudo em que toca, aproveitou-se desses artigos de Camilo, que já morrera havia 15 anos, como de uma arma de ataque contra José Luciano.
Um grupo de adversários deste chefe do Partido Progressista, quando foi da questão dos tabacos, em 1905, para o combater, foi desencantar aquela troça de Camilo, e editou-a em opúsculo, de 22 págs., sob o título de Tipos Nacionais — José Luciano de Castro.
Custava 50 réis o folheto, e vendia-se a rodo.
Contou-me a história o meu amigo Dr. Dias da Costa, escabichador de coisas de Camilo, história que um acaso — precioso auxiliar dos investigadores — lhe deu a conhecer.»

Do Jornal «Porto e Carta» de 1855, de que foi redactor Camillo Castello Branco, por J. Bernardo, Editor, sem local e sem data [1905]. Caderno de 22 páginas e 17 x 11 cm. Bom estado.

Preço: 45 euros.


 


LUAR DE SAUDADE

RECORDAÇÕES DE UM VELHO ESCRITOR


ALBERTO PIMENTEL


Precedidas da biografia publicada em 1881 por Gonçalves Crespo e anotadas bibliograficamente por Henrique Marques.

Exemplar n.º 68 da tiragem especial de 100 exemplares, em bom papel, rubricada pelo autor.

Brochado. Intonso. 419,(1) páginas, por abrir. 17 x 21,5 (x 5) cm. Exemplar estimado. Lisboa: Livraria Editora Guimarães & C.ª, 1925.

Preço: 75 euros.


 


A SOMBRA DE CAMILO


ARTUR PORTELA


Inclui os textos «Um Grande Romance de Amor» [sobre Maria do Adro, da Samardã], «O Rapto de Fanny Owen», «Trágicos Remorsos», «Os Dois Cadáveres», «Camilo na Prisão» e «A Casa Abandonada». Com um extra-texto de Abel Salazar, a par do rosto, impresso a couché.

Brochado. 61,(3) páginas. 22 x 14,5 cm. Capa em papel algodoado, levemente manchada, e primeiras páginas com manchas ténues. Bom exemplar. Lisboa: Editorial Gleba, [1959].

Preço: 22 euros.


 


POESIA OU DINHEIRO ?

Drama em 2 Actos

CAMILO CASTELO BRANCO


2.ª edição, primeira em título próprio. Originalmente publicado no 2.º volume das Cenas Contemporâneas, ed. Silva Teixeira, 1855 (o mesmo Silva Teixeira creditado nesta edição como impressor de Cruz Coutinho). As capas de brochura reciclam papel anteriormente impresso na oficina tipográfica — no caso, capas de uma 4.ª edição da Gramática Franceza de Monteverde, 1857.

Exemplar intonso (20,7 x 13,5 cm), com ligeiros vincos e alguns picos de oxidação, possui ambas as capas e lombada em bom estado. 46 páginas. Porto: Em Casa de Cruz Coutinho – Editor, 1862.

Preço: 65 euros.